Maquiagem Egípcias

Todos os dias, ao sair de casa, as pessoas 

que viviam no Egito se deparavam com o 

calor solar do deserto do Saara, somado a 

isto estava o fato de que as nuvens eram 

praticamente inocorrentes, dando poucas 

possibilidades de sombra fresca. Para 

prevenir quaisquer problemas com a saúde 

da pele ou dos olhos criou-se elaborados 

unguentos e pastas, estas últimas para as 

pálpebras.
Um dos maiores ícones da história do cinema, Elizabeth Taylor deixou sua marca em clássicos como “Gata em Teto de Zinco Quente” e “Assim Caminha a Humanidade”. Mas nenhum de seus papéis foi tão marcante visualmente quanto o de Cleópatra (1963). Sua personificação da rainha, soberana egípcia entre os anos 51 e 30 a.C., sempre será lembrada, também, graças à maquiagem pesada. Não por acaso, esse tipo de adorno era muito mais do que uma exibição de vaidade no Egito Antigo. Do ponto de vista místico, acreditava- se que os deuses Horus e Ra protegiam de infecções os olhos daqueles que usavam pintura. Agora, um estudo recém-divulgado por pesquisadores franceses detalha como a maquiagem servia de escudo para os olhos de nobres e trabalhadores. Embora já soubessem da presença do chumbo e do uso medicinal da maquiagem, os cientistas não conseguiam explicar como uma tinta que contém um metal tóxico podia fazer bem aos egípcios. Depois de analisar 52 amostras de potes usados para guardar pós e cremes faciais datados de  quatro mil anos e preservados no Museu do Louvre, em Paris, eles encontraram quatro diferentes substâncias à base de chumbo, como a laurionita, com a ajuda de microscópios eletrônicos e aparelhos de raio X. Nos testes, esses elementos aumentaram a produção de óxido nítrico em mais de 240% em uma cultura de células de pele, preparada especialmente para o estudo.


 maquiagem egípcia era refinada: as formas (traços ou sombreamentos), as matérias (opacas ou cintilantes) e as cores variavam de acordo com as épocas. Fonte de embelezamento, elas também possuíam um valor terapêutico e as maquiagens do Antigo Império eram verdadeiros tratamentos para os olhos e a pele. Os papiros médicos que datam de cerca de 1500 antes de nossa era – particularmente o Papiro Ebers – contém verdadeiras fórmulas utilizadas para proteger os olhos das doenças que existiam na época devido ao clima egípcio, e às enchentes do Nilo. Nas diversas pesquisas feitas sobre este sujeito, os estudiosos identificaram diversas matérias minerais que eram utilizadas no tratamento das vistas, principalmente a malaquita verde e a galena negra.



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